10/08/2012

PLANO DE CARREIRA DAS PRAÇAS: UMA NECESSIDADE IMEDIATA

Apesar do Subsídio ter sido para a Policia Militar do Rio Grande do Norte uma das grandes conquistas nos últimos trinta anos, a ACS PM - Associação de Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte sai em defesa do Plano de Carreira das Praças, entendendo que não seja preciso o curso de nivelamento uma vez que já exista um atrazo que ultrapassa o interticio máximo para que a tropa seja promovida de imediato.









A ACS PM entrou com um ação administrativa junto ao  Comando Geral da PM para exigir uma posição.

O Presidente da ACS PM/RN Soldado PM Roberto Clayton mais do que ninguém acredita plenamente e espera que esse pedido seja atendido por parte do Governo de Robson Farias.

Tenho dito,

Beto Nazário.

08/08/2012

É ASSIM QUE VEJO


SIM SENHOR? NÃO SENHOR! 




No cenário de uma sociedade que mesmo no subdesenvolvimento, respira ares da pós-modernidade. Dentro de uma policia que já se prepara para oferecer a sociedade, práticas policiais oriundas de estudos filosóficos, permeadas por concepções sociológicas e elemento de estudo de várias ciências humanas (falo do policiamento comunitário) encontro um paradoxo muito grande e me engasgo na dialética caduca dos que confundem eficiência policial com truculência e autoritarismo e também, torturas moral, física e psicológica, com qualidade na formação policial.

Foi discussão na imprensa do estado, no âmbito policial nos últimos anos e parte da pauta de reivindicações de nossas associações em todos os momentos que pudemos discutir qualidade policial com nossos governantes, a reabertura do CEFAP (centro de formação e aperfeiçoamento de praças da policia militar). E muitas vezes com certa dose de saudosismo, atribuía-se ao fechamento desse, aspectos da má formação dos policiais, que visivelmente vão às ruas sem o preparo necessário para atender as necessidades, cada vez mais apuradas da sociedade, então democrática.

Mas será que o problema de formação da policia está mesmo relacionado ao fechamento do CEFAP? Esta interrogação abre margem para uma longa e talvez inesgotável discussão.

Relatos dos que antes foram “adestrados” naquela unidade escola, dão conta de que a formação tinha como principio fundamental, o uso exagerado da hierarquia, que na maioria das vezes (senão em todas) era autoritária e abusiva, a sobrecarga de exercícios físicos que extrapolava a capacidade humana, Por vezes, alunos eram submetidos ao uso indiscriminado de gás lacrimogêneo, choques elétricos, mergulhos na lama dos manguezais, dias detidos no interior da unidade, muitas vezes por simples deslizes característicos da espécie humana quando submetida ao “stress” psicológico excessivo. Sem levar em conta aqui, o tratamento diário, que tinha como base um vocabulário rasteiro e pejorativo, que, diga-se de passagem, ainda sobrevive até hoje. (Seu monstro, seu Bebé, Seu din-din de pus, Seu ridículo. Dentre outros...)

Desse “laboratório” saiam os policiais perfeitos para atenderem as exigências do regime autoritário e truculento que permeou a vida política e social do país durante anos e quando se foi, deixou a maldita herança no “superego” policial. Mas será que esse modelo de formação atende aos anseios da sociedade atual?

É ponto de abordagem certo nos discursos dos oficiais nas aulas de abertura dos cursos de formação, a admissão de que os tempos mudaram, a policia deve ser agora humana e cidadã, o policial precisa ter um novo perfil e até atribuem a nós recrutas, a missão de dar essa nova roupagem a nossa corporação. È fato que o policial precisa entender-se também como parte integrante do tecido social, precisa ver-se como cidadão e acima de tudo como individuo capaz de promover a justiça e a cidadania, tendo como princípios morais à dignidade e os valores humanos. Mas, passada à euforia do discurso inaugural, começamos a viver a realidade. Primeiro, parte dos que recebem a missão de bem formar o policial, são os mesmos que “deformavam” ou foram “deformados” há anos atrás. Muitos sem didática, sem dimensão pedagógica, alguns sem conhecimento teórico e reféns de práticas escolares ultrapassadas. Muitos dos que se propõem a lecionar estão alheios ao dia-a-dia das ruas, portanto, distantes da realidade e dos anseios da população. Outros atrelados ao militarismo arcaico das ditaduras, que cognominou o policial de guerreiro e o cidadão comum, conseqüentemente, de inimigo.

Precisamos urgentemente de um currículo adaptado a nossa realidade, direcionado as necessidades de uma sociedade que agora aspira a consumação da democracia e acima da tudo, “de professores habilitados não apenas no conhecimento técnico, mas igualmente nas artes didáticas e no relacionamento interpessoal, pois só assim seremos capazes de formarmos policiais que atuem com base na lei e nos princípios da hierarquia e disciplina, mas com autonomia moral e intelectual.”

Na verdade o que vemos na prática é um total descontrole e uma completa falta de planejamento na condução dos cursos, que seguem a ordem que há décadas está posta e ainda se realiza na maioria das vezes, engolindo os poucos conteúdos programados, em detrimento dos famigerados PPO’s , dos horários vagos e das aulas de ordem unida,que compõem a metade ou mais do tempo que se passa no âmbito das academias.

Sabe-se através de estudos científicos que há uma tendência muito forte para que num futuro breve, os modelos de policia interativa, aqui cognominada de policia comunitária, sejam predominante na sociedade, que caminha para a pós-modernidade. Mesmo assim, sequer uma disciplina voltada ao debate e a exposição prático/teórica desse modelo, fez parte da grade curricular do curso de formação de cabos da PM-RN no ano de 2006. Em entrevista informal com alunos do curso de formação de soldados do mesmo ano, ouvi de vários deles que não ouviram se quer falar de tal modelo de policiamento no centro de formação, mesmo assim, muitos deles foram engrossar as fileiras de uma unidade, que diz praticar essa modalidade de policiamento. Será que apenas a pratica é suficiente quando queremos aplicar algo que surge de estudos científicos?

Para AUGUSTO COMTE, apesar das criticas modernas ao espírito positivo, não haverá sucesso na aplicação de nenhum modelo se esse não for na prática, precedido por conhecimentos teóricos. E comenta “não se pode pretender que a organização da sociedade ou de qualquer modelo social seja um negócio de pura prática a ser confiada a conhecedores rotineiros”.

O que se espera do policial pós-moderno é que ele seja capaz de ver no cidadão não um inimigo, mas um parceiro na execução de sua tarefa, que nesse contexto não pode ser mais uma “missão”, mas uma tarefa como são tantas outras, de tantos outros funcionários que alimentam a burocracia do Estado. Da escola, esperamos uma revisão das metodologias, com ênfase em um currículo mais significativo, menos verticalista e mais participativo e com o desprezo da hierarquia autoritária, arbitrária e intransigente, que como nada constrói, ainda destrói a boa relação, a interatividade, a participação e o relacionamento interpessoal, tão necessários para o desenvolvimento humano e para o crescimento da corporação, que vive o caos promovido por esse choque de identidade com a sociedade.

Não será o CEFAP a salvação da lavoura. Mudanças não resolvem os nossos problemas. Serão necessárias transformações substanciais na cultura de formação. Não é o local em que estamos estabelecidos que promoverá a boa formação do policial. O material humano, a grade curricular, os recursos técnicos, didáticos e pedagógicos, a definição de objetivos, o rumo a que queremos seguir, a aceitação do novo, a metodologia participativa, a concepção de que a cadeia hierárquica não pressupõe capacidade e/ou qualificação, a troca dos instrutores por professores educadores, estão entre os fatores que poderão promover resultados substanciais e imediatos para a policia de uma sociedade que se caracteriza pelo caráter descartável de suas relações.





CB PM MARCOS TEIXEIRA
    Sociólogo e educador


CONSCIÊNCIA NEGRA OU BRANCA?


Conciência Negra? 

                   


Que negros foram esses pardos, que construíram com sangue mulato os caminhos cafuzos desse Brasil moreno?
O legado negro nesse Brasil mesclado de cores e raças é incomparável. Não se está falando de atabaques, capoeira, pimenta ou acarajé. Está se falando de gente, raça, cultura, força, trabalho, construção de uma identidade nacional. Está se falando de quem ergueu a poder de chibatas, dominados por uma sub-cultura leviana e desumana, fruto da obtusidade cerebral de fidalgos europeus, que baseados na podridão cultural do eurocentrismo, subjugaram não apenas os negros, mas os nativos, os descendentes destes e todo o legado cultural que aqui se ergueu antes da infeliz chegada dos “colonizadores” cristãos.

Passaram-se anos para que o branco percebesse seu eterno engano. Para que o brilho da raça mãe da humanidade refletisse na alma dos desalmados sua própria alma. Descobriu-se, pois, a poder de muita luta, que o negro tinha essência humana. Que o escravo era gente, tinha idéias, poder de concepção e argumentação, e talvez sua passividade ante a desgraça, não passasse de fruto da benevolência de seu instinto humano ou sobre-humano.

A página mais suja da história desse país relata o genocídio da escravidão e hoje quem vagueia nos porões imundos da insensatez, são aqueles que descendem daquela linhagem de algozes que um dia levantaram as mãos sujas de sangue para punir no pelourinho os que com seus próprios sangue e suor, construíam as torres de seus castelos e alimentavam o ócio de sua empáfia.

Distribuir cotas, oferecer bolsas de miséria, criar um estatuto para eles, tornar crime o crime de racismo que já constituía crime moral em quem tinha e tem sensibilidade humana, não repara o fosso que foi escavado entre uma e outra geração, diante de brancos sujos de sangue e negros de alma branca, suados do trabalho árduo da construção dessa pátria verde amarela, que exalta nas suas cores, Braganças e Habsburgos , dinastias encardidas que diziam-se brancas e que suprimiram por séculos o direito de sorrir de todas as cores.

Quantos escravocratas não foram abolicionistas? Falar bem do negro está na moda. Inclusive dá voto. Não é a miséria a que estão submetidos que incomoda ou sensibiliza as gravatas. É o espaço que ocupam na falsa mídia que atrai os fidalgos burgueses sedentos de “ibopes”. Na miséria estamos todos. Miséria econômica, política, moral e social. Miséria humana. Nossa pobreza é tamanha, que em pleno século 21 ainda estamos discutindo se negros e brancos são iguais.

Precisamos urgentemente de um dia mundial da consciência branca. Para que todos os que se dizem descendentes dessa raça, possam parar para refletir sobre seu papel na sociedade. Sobre o que fizemos e o que estamos por fazer. Para que possamos nos redimir ( se é que isso possível) do pecado moral que pesa na nossa consciência, pelo que produzimos contra nossos irmãos.

Quer saber? Eu acho que entre brancos e negros há pelo menos um quesito que o tornam diferentes: negro nunca duvidou que branco fosse gente!





CB PM MARCOS TEIXEIRA

Sociólogo e Acadêmico de direito - 20 de Novembro, da consciência negra.

02/08/2012

"FUTEBOL" UM MUNDO MULTICOLORIDO







No futebol, a essência da boa convivência tm como referência a paixão pela mesma arte independente de serem negros, brancos ou pardos.









Futebol esse mundo mágico que gira em torno de uma bola.








DENTRO DOS CAMPOS NAS TORCIDAS A PELE NÃO TEM COR...




AS FRONTEIRAS SE ESTREITAM TUDO PELO MESMO IDEAL...



Mais uma vez a vida ao vivo nos encantam os olhos.



Hoje nos estádios de futebol surge a "democracia gratuita", ocupando hoje seu maior espaço entre os povos.



Os preconceitos dão passagem a harmonia, nos festejos do time amado. Todas as Raças se unem por um só objetivo deixando cair por terra qualquer diferença étnica. 


Todas as tendências se harmonizam, tanto o proletariado quanto os patrões falam a mesma língua, estigados por um mesmo sentimento, uma alegria  impulsionados pelo mesmo prazer numa demostração de igualdade e respeito encantados por esse  mundo chamado "FUTEBOL".


Diante de povos muitos tão sofridos pelas eternas batalhas afim de sustentar seus anseios, entretanto povos que não esquecem o prazer de sonhar, de acreditar na mais remota possibilidade, aprendemos com esses que a vida é bem mais bela do que nos aparece.




A  Vida bem que poderia imitar um Jogo de Futebol...





tenho dito,




Beto Nazário

SAÚDE, INFELIZMENTE DE MAL A PIOR



É preocupante as condições de nossa saúde pública, tendo em vista que a mesma vem morrendo aos poucos, de mal a pior sem previsões futuras de melhoras. Médicos e enfermeiros de mãos atadas sem condições primárias de trabalho, que vai desde a falta do espaço físico até a absurda falta de vergonha por parte de nossos gestores.







Como se não bastasse o serviço público decepcionar os usuários, agora ate o sitema de planos de saúde particular vem deixando a desejar aos conveniados, o aumento da procura dos serviços particulares pelo povo devido o SUS se encontrar na UTI e a população ao DEUS dará, estão fazendo com que os hospitais particulares sobrecarreguem suas dependências caindo significadamente a qualidade no atendimento oferecido.




Um país que arrecada trilhões em impostos, em circunstância alguma pode deixar sua população na situação em que se encontra.



SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA são condições básicas para à sobrevivencia.







VERGONHOSAMENTE Inadmissível...






Tenho dito,




Beto Nazário